22 de agosto de 2014

ISO 9001 - RECERTIFICAÇÃO

ISO 9001
A Horizontes Arquitetura e Urbanismo acaba de conquistar a re-certificação da ISO 9001 - Gestão de Qualidade. A certificação foi concedida após dois dias de auditoria, realizada pela RINA.
A certificação representa os esforços da empresa e de seus colaboradores em manter seus processos de gestão organizados visando atender as expectativas dos clientes.
Agradecemos a todos os envolvidos pela organização, esforço e compromisso em manter a empresa num caminho de crescimento.

17 de julho de 2014

NOVA SEDE

 A Horizontes Arquitetura e Urbanismo está em nova sede.
O novo escritório, inaugurado no dia 16/06/2014, fica em um edifício projetado pelo arquiteto Cid Horta (Edifício Izabela), localizado na Avenida Cristóvão Colombo 400, 2º andar, Funcionários.
A nova sede está localizada em área central, é mais ampla, permitiu aumento da equipe, além de espaços de reunião para clientes e área de convívio.
Com a nova estrutura a Horizontes pretende oferecer melhores condições para atendimento aos clientes, possibilitando crescimento da empresa para os próximos anos.

22 de agosto de 2013

ISO 9001

 

A Horizontes acaba de alcançar um novo nível em seus processos de gestão empresarial.

"Horizontes Arquitetura e Urbanismo é uma empresa certificada ISO 9001 - Gestão da Qualidade, sob auditoria da RINA"

A certificação representa os esforços da empresa e de seus colaboradores em manter seus processos de gestão organizados visando atender as expectativas dos clientes.

8 de agosto de 2013

A CRISE É DE DESENHO

Mapa das estações e linhas de transporte público 
Regional Noroeste, Belo Horizonte
Fonte: Google Maps
 
Os protestos que varreram o país na segunda metade de junho levantaram causas das mais diversas.  Do Passe Livre ao Fora FIFA, eram muitos os ensejos, uns relevantes como saúde e educação (ainda que tratadas de forma difusa), outros bem menos importantes e alguns até bastante anti-democráticos. Foi difícil entender do que se tratava exceto por uma questão fundamental que perpassa todos os protestos e mexe com o cerne da nossa profissão: a desigualdade no uso e no acesso ao espaço da cidade.
 
Enquanto o Brasil obteve na última década um sucesso significativo na diminuição das desigualdades de renda e de acesso ao consumo, uma outra desigualdade: a espacial, seguiu aumentando. As cidades brasileiras de 2013 são espacialmente mais desiguais que as cidades de 2003, em breve teremos análise de micro-dados mostrando o resultado da bolha imobiliária de 2007-2012.
 
O mesmo modelo econômico que aumentou a renda dos mais pobres e aqueceu o consumo, levando o Brasil ao posto atual de sexta economia mundial, deixou sequelas graves no espaço da cidade.   A hegemonia do automóvel como solução de transporte e o espraiamento das cidades em busca de terra barata criaram uma cidade mais desigual, na contra-mão da redução de injustiças históricas que pautavam tantas outras iniciativas bem sucedidas.
 
Uma melhoria de verdade no transporte público, seja na redução significativa dos custos ou na melhoria da qualidade, teria um efeito transformador na estrutura urbana porque mexeria com o valor da terra e com o acesso a oportunidades. Com transporte bom e barato a periferia se valoriza instantaneamente. Isto equivale a uma transferência de renda revolucionária e um impacto ainda maior na qualidade de vida de milhões de brasileiros. Vale notar que a única forma de aumentar a velocidade média das nossas congestionadas vias é com investimento em transporte público. Como alguém disse recentemente, alargar as ruas para resolver o problema do trânsito equivale a afrouxar o cinto para resolver o problema da obesidade.
  
Os protestos de junho passado trouxeram a questão urbana para o cerne do debate nacional. Por mais que atores políticos de todos os espectros e ideologias tenham tentado canalizar o movimento para seus interesses próprios (com maior ou menor grau de sucesso), a briga é iminentemente por uma cidade melhor. E se o grito foi pautado pela questão urbana, a solução também é iminentemente arquitetônico-urbanística. Nossa profissão tem uma habilidade ímpar: a capacidade de antever e testar propostas de futuro usando ferramentas de visualização e cálculo. Em resumo, uma resposta significativa para a crise política atual passa pelo projeto. Em termos políticos um projeto de sociedade. Que nação queremos ter em 2050 agora que quebramos muitas das amarras históricas que tantos obstáculos criaram ao longo do século 20. E junto com a política mas não dependendo dela cabe propor a cidade que queremos para as próximas décadas. 
 
Temos uma riquíssima experiência da arquitetura moderna que foi capaz de mudar radicalmente (e para melhor) a imagem do país. Mais recentemente temos a riquíssima experiência de investimento em vilas e favelas, superando aos poucos uma lacuna terrível deixada pela nossa modernidade conservadora.  E temos, acima de tudo, a capacidade de desenhar instituições melhores que deverão prover as cidades de espaços, públicos e privados, melhores. Um desenho institucional que privilegie o concurso público de projetos sempre que possível, que estimule a contratação de projetos bem detalhados (excelente arma contra a corrupção nas obras públicas) e que use a arquitetura e o urbanismo como protagonistas desta transformação que os protestos de junho trouxeram para a pauta nacional.
 
No primeiro semestre deste ano entrevistei 28 arquitetos de todas as Américas perguntando sobre os modelos de contratação de espaço público. Ficou claro que a qualidade da cidade é função direta de um desenho institucional que prime pela qualidade do projeto tanto quanto pela lisura das contas públicas, e este resultado foi apresentado no dia 6 de agosto, em palestra promovida pelo GEMARQ.
 
O caminho para uma governança mais transparente passa pela qualidade do projeto, da execução e da manutenção da infraestrutura pública. As ruas estão gritando por um urbanismo melhor e cabe a nós, arquitetos e urbanistas, enfrentar o difícil mas necessário e urgente desafio de propor tal cidade.
 
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Fernando Luiz Lara é arquiteto pela UFMG e PhD pela Universidade de Michigan e professor associado da Universidade do Texas em Austin onde coordena o grupo LAMA de pesquisa em arquitetura e urbanismo latino-americanos. Desde 2012 Fernando Lara é diretor do Centro de Estudos Brasileiros do Lozano Long Institute of Latin American Studies, o maior dos EUA com mais de 50 professores afiliados.

25 de junho de 2013

VAGA DE ESTÁGIO 2º SEMESTRE 2013



A Horizontes Arquitetura e Urbanismo está cadastrando estagiários para o próximo processo de seleção.

ENVIE CURRÍCULO E PORTFÓLIO ATÉ  05 DE JULHO 2013
CONHECIMENTO DESEJADO: MODELAGEM 3D E CAD
A PARTIR DO 5º PERÍODO DE ARQUITETURA
ENVIAR MATERIAL POR MENSAGEM NO FACEBOOK:
facebook.com/Horizontes.Arquitetura.Urbanismo

26 de abril de 2013

Shifting Power: The Importance of Funding Community Participation

A metodologia de intervenção utilizada pela Horizontes Arquitetura e Urbanismo em projetos de habitação social e intervenção em Vilas e Favelas foi citada no trabalho Shifting Power: The Importance of Funding Community Participation, de autoria de Jessica Bremner e Caroline Park.
As pesquisadoras, afiliadas à UCLA-University of California-Los Angeles, desenvolveram o trabalho através de extensa pesquisa de campo que incluiu visita a várias favelas de Belo Horizonte e entrevistas com a equipe da Horizontes, com técnicos da prefeitura, professores universitários (PUC Minas) e membros de associações comunitárias.

Sobre o trabalho da Horizontes elas citam:  "(...)  private architects from Horizontes Arquitetura were consulted by URBEL in order to efficiently design and activate new open spaces in the vilas. In our interview with the architects, they discussed how any open space within a vila will most likely be invaded by either squatters or drug dealers. Architects, Marcelo Palhares Santiago and Felipe de Farias, shared that as a result of the violence, many residents construct walls as protection from open spaces where drug traffickers are most likely to congregate. Additionally, most houses are built so that entry ways and windows do not face the road. Thus, many residents have are left with little option or encouragement to spend their free time outside their homes.

For this reason, the architects sought to find a way to preserve and protect the newly created open spaces by creating “active parks”. Active parks offer facilities and amenities that encourage physical activity, which could be used throughout the day by users of all ages. They include design elements that discourage excessive stationary activities by omitting tables and benches. In their design, the architects “play” with the hilly landscape in order to create non-traditional forms of seating. Other design concepts the architects supported were the creation of pedestrian paths that would better connect residents to their community, the use of bright colors and local graffiti artists to contribute to constructed recreation areas. (...)"

A conclusão da pesquisa destaca a necessidade de intervenções de qualidade, a importância do trabalho participativo como ferramenta critica de projeto e como estratégia para garantir maior aceitação da comunidade.

Para ler o trabalho completo clique aqui.

3 de janeiro de 2013

ESTÁGIO NA HORIZONTES



Estamos cadastrando estagiários para o próximo processo de seleção.
Conhecimento desejado: modelagem 3d e cad
Interessados devem entrar em contato por mensagem do facebook ou por telefone: (31) 2535 2611

20 de dezembro de 2012

13 de dezembro de 2012

MISSÃO DOS PREFEITOS



imagem: ALEXANDRE
fonte: Estado de Minas:

Carta aos prefeitos eleitos
Parabéns senhoras e senhores prefeitos eleitos em Minas Gerais no último dia 7 de outubro. Vocês têm pela frente o desafio de melhorar a qualidade de vida de 853 municípios do Estado, desde os 807 habitantes de Serra da Saudade até os 2,3 milhões de Belo Horizonte.
Durante os meses de campanha vocês provavelmente discutiram muito as carências da área da saúde e prometeram construir clínicas e contratar médicos. Mas a verdade é que suas mãos estarão amarradas pelos repasses do SUS que é quem paga a maior parte da conta. Com certeza vocês discutiram também as necessidades da educação e prometeram reformar escolas e melhorar as condições de trabalho dos professores.  Mas aqui também a atuação das senhoras e dos senhores prefeitos está atrelada ao fato de que grande parte das escolas são estaduais e as municipais, quando em número significativo, são custeadas pelo FUNDEB. O mesmo se aplica a questão da segurança, dado que as polícias Militar e Civil que atuam nos municípios são também dirigidas pelo estado.
Mas existe uma questão que cabe somente aos municípios, principalmente depois da constituição de 1988: o planejamento urbano. Pensar como a cidade deve crescer e que tipo de espaço público deve ser construído é atribuição exclusiva dos prefeitos eleitos.
Mirem-se no exemplo de Medellín na Colômbia, uma cidade que tinha tudo para ser violenta e desoladora, mas que usou do espaço público para melhorar a qualidade de vida, aumentar a autoestima dos moradores e vencer a disputa por espaço com os narcotraficantes, devolvendo a cidade a seus habitantes. Vale a pena estudar de perto o caso de Medellín. E a propósito, aquele prefeito que começou tudo isso, Sergio Fajardo, é agora governador e segue os passos do nosso Juscelino que fez exatamente isso 70 anos atrás.
Por favor, senhoras e senhores prefeitos, não esperem até assumirem o cargo em janeiro. Se possível, busquem agora mesmo nas gavetas da prefeitura todos os projetos de melhoria urbana existentes. Resistam à tentação de jogar tudo fora para se vingar da administração anterior, caso sejam adversários políticos. É sinal de nobreza e inteligência continuar o que de bom já existe na sua cidade, aprimorando os planos de acordo com a vontade da maioria que acabou de votar em vocês.
E por falar em maioria, acumulamos nos últimos 10 anos uma enorme experiência em urbanização de vilas, favelas e áreas carentes de infraestrutura. Sabemos que quanto mais a população é chamada a participar melhor o resultado do projeto. Portanto, senhoras e senhores prefeitos, é urgente conclamar a população (os que votaram em vocês e também os que não votaram) a discutir o espaço da cidade.
E comecem a planejar já! Como vocês bem sabem, quatro anos passam muito rápido e as verbas, quando liberadas pelo governo federal ou estadual, pedem urgência. Quando o dinheiro das obras passar na sua frente ganha aquele que sacar um projeto mais rápido. A alternativa de fazer um projeto apressado para cumprir o prazo da entrada dos pedidos de verba é desastrosa tanto no uso dos recursos públicos quanto na materialização de uma solução insuficiente.
E aqui temos um problema crucial do planejamento urbano: a pressa é seguramente inimiga da perfeição.  O bom planejamento leva anos de reuniões, debates, ajustes, desenhos, medições e orçamentos. Fazer projeto ao sabor da liberação das verbas parece um bom negócio a curto prazo, mas é um péssimo negócio a longo prazo.
Planejem senhoras e senhores prefeitos. O projeto do espaço urbano em todas as suas formas tem uma qualidade imprescindível que é a de antecipar, por meio da imagem, o futuro que queremos. Uma cidade melhor daqui a quatro anos começa com o esforço de planejamento e projeto que vocês devem dar início agora.
Mãos a obra senhoras e senhores prefeitos eleitos! O desenho do espaço público e a consequente qualidade de vida dos 853 municípios de Minas Gerais está agora nas suas mãos.
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Fernando Luiz Lara, PhD é diretor do centro de estudos brasileiros da Universidade do Texas e professor associado da escola de arquitetura da mesma universidade. Em Minas Gerais é consultor do escritório Horizontes onde dirige o Laboratório de Urbanismo Avançado. Horizontes é empresa associada ao GEMARQ (Grupo de empresas Mineiras de Arquitetura e Urbanismo).

23 de agosto de 2012

Conjunto Santa Lucia 1-Bicão

O projeto do Conjunto Santa Lucia 1-Bicão, premiado na 13ª premiação do IAB-MG, já está no nosso site.
Memorial Descritivo
O aglomerado Santa Lúcia, favela localizada na região centro-sul de Belo Horizonte, está tendo sua infra estrutura aprimorada como parte do programa Vila Viva da prefeitura de Belo Horizonte. Uma das intervenções é o alargamento da Rua principal (existente) e a criação de uma nova via, chamada Bicão. Ambas, ligarão a barragem Santa Lúcia no final da Avenida Prudente de Morais com a Av. Nossa Senhora do Carmo.
No trecho mais próximo da Avenida Nossa Senhora do Carmo serão implantadas novas unidades residenciais e comerciais que atenderão os moradores removidos por residirem em áreas de risco ou em áreas a serem transformadas em vias e espaços públicos.
A solução projetada prevê prédios de uso misto, com residência e comércio. O uso comercial no pavimento térreo é uma inovação deste projeto, nunca antes utilizada pela URBEL em projetos em favelas de Belo Horizonte. No entanto, o uso misto é apoiado pelo que há de mais progressista em termos de habitação social em todo o mundo, possibilitando ao morador a flexibilidade de viver bem próximo ao trabalho (um dos atrativos das favelas da Zona Sul de Belo Horizonte) além de facilitar o acesso a bens e serviços aos demais moradores. Na verdade, o uso misto já acontece informalmente em todas as vilas e favelas da cidade e esta possibilidade já deveria ter sido incorporada pelo poder público ha muito tempo. O empreendimento na Rua do Bicão servirá como projeto piloto para uma melhor avaliação do funcionamento integrado destes usos em intervenções futuras em vilas e favelas.

A solução de implantação é escalonada, aproveitando a grande declividade do terreno (15m em alguns pontos), criando prédios com altura variável (máximo 5 andares) e terraços privativos. Na via principal serão implantados as unidades comerciais. A via mais inclinada (Bicão), voltada para a área de preservação, será ocupada por prédios institucionais. Terraços públicos com vista para área de preservação e escadarias farão a interligação visual e física entre as duas ruas.
As áreas institucionais oferecem espaço para diversas atividades úteis para a comunidade como: centro comunitário, salas de reunião, salas de aula, creche, posto policial, etc. A ocupação da via do Bicão com usos públicos proporciona vitalidade e segurança para a rua.

NOVO TIPO HABITACIONAL
Edifícios de uso misto, com residência e comércio integrados.
Comércio proporciona fonte de renda além de vitalidade e segurança para a rua. O projeto prevê dois pavimentos de comércio, com integração visual com a rua e conexão em nível com calçada. Um calçadão em frente ás lojas permite apropriação do espaço para múltiplas atividades além de apoiar o uso comercial.
Em todos os edifícios a caixa de escada localizada na lateral otimiza o espaço, proporcionando uma volumetria linear, permitindo ocupação de terrenos estreitos. Volume da escada com aberturas permite visadas para a rua e para a paisagem, além de evitar o problema de “controle” das áreas comuns que é o maior gerador de atrito entre os moradores em edifícios multifamiliares para a população de baixa renda. Além disto, as caixas de escada e corredores abertos e amplos permitem ventilação natural e protegem as janelas do sol direto, melhorando os níveis de conforto dentro das unidades. Do outro lado as janelas dos quartos foram voltadas para a área de preservação, garantindo privacidade, boa ventilação e vista para a paisagem.
Outra novidade desta tipologia são as vagas de estacionamento para veículos e motocicletas em todos os prédios, em resposta a constantes pedidos da população.
Os edifícios da via do Bicão representam um significativo passo a frente em termos de tipologias habitacionais do projeto Vila Viva, muitas vezes superior ao projeto padrão que foi implementado no Aglomerado da Serra e cujos problemas e limitações estudamos em detalhe para não repetir os mesmos erros. Enquanto a acessibilidade e o saneamento foram o carro chefe do Vila Viva até agora, os edifícios da via do Bicão representam a possibilidade de melhoria significativa também nas tipologias residenciais.